sexta-feira, 9 de julho de 2010

Porque surge uma paixão

Tolkien consegue levar-te por experiências vívidas, diria que é uma literatura do e pro coração. Talvez muitos elogios sejam resultado da admiração exacerbada que eu tenho por este homem desde a pré-adolescência, que me vitimou, inclusive, com uma tatuagem bem tolkeniana. Pormenores e particularidades à parte, exponho aqui parcela dos motivos de admiração.
A Obra (estou me limitando aqui ao Senhor dos Anéis, embora toda sua literatura tenha tais características - desde Roverandom ao Silmarillion) é escrita com tamanha riqueza de detalhes (sempre o primeiro ponto notado por todos - e que irrita alguns) e definições, descrições tão graciosamente elaboradas, que fazem surgir um efeito surreal: é tudo MUITO real. O leitor é intimado a assistir de camarote cada cena e vivenciar os sentimentos, fazer mergulhos profundos a cada página. Na passagem por Valfenda, a paz e o calor interior proporcionados pelo refúgio élfico invadem o corpo, como se toda a energia do lugar se transbordasse e enchesse não só o quarto, mas a alma. Foi uma experiênca vívida que eu tive - e a vontade de passar uns dias por lá é grande.
Dá pra encher páginas e páginas sobre todo esse tumulto existencial que se pode ter lendo Tolkien. Mas em referência ao estilo literário, pode-se caracterizar toda a criação em uma palavra: Fantástica; embora eu prefira realismo fantástico. Porque além de toda a fantasia, J. R. R. Tolkien foi além e criou um mundo - com suas próprias terras, povos, línguas, Deuses e uma história gigante e complexa - que mesmo depois de quase 60 anos de sua primeira publicação, continua a nos proporcionar deleites literários a cada releitura.

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